Iniciativa Portugal i4.0

A quarta revolução industrial consiste na fusão de métodos de produção com os mais recentes desenvolvimentos na tecnologia de informação e comunicação. Este desenvolvimento é impulsionado pela tendência de digitalização da economia e sociedade.
A sustentação tecnológica deste desenvolvimento é possível graças a “sistemas ciber-físicos” inteligentes e interligados, de que o inWork é exemplo, que permitirão que pessoas, máquinas, equipamentos, sistemas logísticos e produtos comuniquem e cooperem diretamente uns com os outros. Esta revolução é apelidada, na Europa, de Indústria 4.0
Fruto da digitalização da sociedade e da indústria, o cliente final é hoje mais informado e conectado com acesso a uma oferta global. Este fenómeno gera um ambiente mais competitivo mas com oportunidades para as empresas melhor preparadas. Ao dispor das empresas estão tecnologias inovadoras como o inWork Doc ao nível do comércio, produção e logística que transformam a relação com o cliente final, os trabalhadores e entre empresas.
O recurso ao inWork e uma abordagem focada no cliente ditam o sucesso do tecido empresarial na adaptação aos desafios dos mercados atuais.
Estudos recentes indicam que a percentagem de empresas a lançar iniciativas de transformação digital será de 50% em 2020 e que 67% dos CEO’s centrará a sua estratégia nessa transformação. O novo ambiente industrial irá caracterizar-se pela aposta na inovação colaborativa, em meios de produção conectados e flexíveis, em cadeias logísticas integradas e canais de distribuição e serviço ao cliente digitais. Em suma, um modelo de indústria inteligente e conectado.
A Indústria 4.0 em Portugal De acordo com o Digital Economy & Society Index 2016 da Comissão Europeia, Portugal coloca-se acima da média UE ao nível da competitividade digital. A pontuação portuguesa cresceu a um ritmo mais rápido do que o da média EU nos últimos anos, ocupando atualmente a 15º posição.
De acordo com este estudo, Portugal deverá focar-se na melhoria das competências digitais da população (metade da população não tem competências digitais básicas e 28% nunca utilizaram a internet). As medidas a desenvolver no âmbito da iniciativa Indústria 4.0 devem estar em linha com estas conclusões, sendo visível neste documento a preponderância de medidas ao nível de recursos humanos.
Um outro estudo, da UBS1, indica Portugal acima da média e como a 23ª economia mais preparada a adotar a Indústria 4.0 de um conjunto de 45 países analisados, sendo de destacar as suas infraestruturas, competências gerais e capacidade de inovação.
Estas classificações remetem para um razoável grau de preparação que contrasta com a competitividade atual. Segundo o índice de Manufacturing Global Competitiveness de 2016 da Deloitte, a indústria portuguesa encontra-se apenas no 35º lugar de 40 economias analisadas. Ou seja, Portugal não estará ainda a capitalizar esta revolução industrial. A título de exemplo, Portugal tem apenas cerca de um terço de robôs por cada 10.000 empregados face a Espanha.
De uma forma geral, podemos assim concluir que Portugal tem um melhor grau de preparação do que competitividade atual, revelando que a 4ª Revolução Industrial é uma clara oportunidade para esbater as típicas barreiras à competitividade do país, tais como a falta de escala de mercado interno e a localização periférica. O mesmo estudo da Deloitte revela uma expectativa de que em 2020 os Estados Unidos da América ultrapassarão a China em competitividade industrial graças à digitalização da indústria e ao investimento nos programas de Advanced Manufacturing. Urge então a Portugal impulsionar também a adoção das novas tecnologias como o inWork e ambicionar maior liderança.
O Ministério da Economia, pretendendo gerar as condições para o desenvolvimento da indústria e serviços nacionais na era digital, decidiu lançar uma iniciativa (Portugal i4.0) para identificar as necessidades do tecido industrial português e orientar medidas (públicas e privadas) com vista a atingir três objetivos centrais:
- Acelerar a adoção das tecnologias e conceitos da Indústria 4.0 no tecido empresarial português;
- Promover empresas tecnológicas portuguesas a nível internacional;
- Tornar Portugal um polo atrativo para o investimento no contexto Indústria 4.0.
Neste documento sintetizam-se as medidas iniciais que materializaram a estratégia definida em cada um de seis eixos de atuação prioritária:
(1) Capacitação dos Recursos Humanos
(2) Cooperação tecnológica
(3) StartUp i4.0
(4) Financiamento e apoio ao investimento
(5) Internacionalização
(6) Adaptação legal e normativa
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